quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Lagoa da Pampulha


Quem tem o hábito de jogar lixo em locais inadequados talvez não faça ideia do impacto que esse ato pode causar ao meio ambiente.
Somente na Lagoa da Pampulha a equipe de manutenção da (Sudecap) retira diariamente, no período chuvoso, cerca de 20 toneladas de lixo das águas. A limpeza envolve o espelho d’água, feito por 10 funcionários, e a orla, com o trabalho de roçada executado por 20 servidores. O valor total do contrato de manutenção da orla e do espelho d´água, que vence em janeiro de 2010, válido por dois anos e meio, é de R$3,3 milhões.
Durante oito horas por dia, de segunda a sexta-feira, o grupo cuida de um dos cartões postais da capital mineira. A ação é realizada manualmente e por máquinas.
Peixes, capivaras e aves disputam espaço com garrafas pet, cocos, linhas de anzóis, pentes, embalagens de remédio, brinquedos velhos, cadeiras, sofás, carcaças de bichos, entre outros. A vegetação também tenta sobreviver e dá a diversas partes da lagoa o título de Áreas de Preservação Permanente (APP).
Uma rede, afixada no meio da lagoa, evita que o lixo se espalhe por toda a extensão da lagoa, cuja área é de 197 hectares e o volume total de água chega a aproximadamente 9,9 milhões de metros cúbicos. Outra ação da equipe é o desassoreamento dos córregos afluentes Ressaca, Sarandi e Água Funda, realizado anualmente, entre junho e agosto, antes do início das chuvas.
De acordo com o engenheiro da Sudecap, Hamilton Latorre Fortes, entre os equipamentos utilizados na manutenção do local estão uma balsa, dois barcos, dois caminhões basculantes, uma retroescavadeira, bóia de contenção e oito roçadeiras. O recado deixado por quem acompanha a saga todos os dias é que os visitantes utilizem o espaço de lazer sem deixar resquícios, mas sim atitudes cidadãs. Recolha a sujeira e deposite lixeiras. A mesma mensagem vale para a população que joga lixo em locais indevidos.
Educação ambiental
Com o objetivo de conscientar as pessoas sobre a importância da contribuição de todos para um meio ambiente mais saudável, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, com apoio do Consórcio de Recuperação da Pampulha e da Prefeitura de Contagem, desenvolve o programa Águas da Pampulha. A ação envolve estudantes, lideranças comunitárias, conselheiros municipais, entre outros multiplicadores de informações da Bacia da Pampulha. Com uma gestão integrada, a iniciativa visa recuperar as águas.
De acordo com o gerente de Planejamento e Monitoramento Ambiental da Secretaria de Meio Ambiente, Weber Coutinho, as atividades se dividem em oficinas e palestras, realizadas no Centro de Educação Ambiental do Programa de Recuperação e Desenvolvimento da Bacia da Pampulha (Propam), e circuitos de percepção ambiental, onde os participantes conferem de perto a poluição da lagoa, uma estação de tratamento, uma nascente no Parque Ursolina de Melo e o Córrego Ressaca. "Assim mostramos à população da bacia as causas da poluição e conscientizamos sobre o que pode ser feito", observa. Como informa Coutinho, desde 2000 até hoje, 40 mil pessoas já participaram do programa e a expectativa é que, por ano, 7 mil possam ter acesso à iniciativa.
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Um comentário:

  1. nossa qd o calor é demais, sobe um cheirinho...
    eu que moro aqui na Pampulha (na rua Rodovigo)não custa nada torcer para que tudo dê certo,uma melhoria significativa na limpeza
    da lagoa ...

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